Lit., no grego, "homem de uma única mulher". Não se trata de um comentário sobre casamento ou divórcio (para obter comentários sobre este assunto, veja nota no v. 4). A questão não tem a ver com o estado civil do presbítero, mas com sua pureza moral e sexual. Essa qualificação é a primeira da lista porque é nessa área que os líderes são mais propensos a cair. Foram oferecidas várias interpretações dessa qualidade. Alguns a vêem como uma proibição da poligamia — uma injunção desnecessária uma vez que a poligamia não era comum na sociedade romana e era claramente proibida na Escritura (Gn 2.24), nos ensinos de Jesus (Mt 19.5-6; Mc 10.6-9) e nos de Paulo (Ef 5.31). Um polígamo não podia sequer ser membro, muito menos um líder da igreja. Outros vêem nesse requisito a exclusão do ministério daqueles que se casaram novamente após a marte da esposa. Porem, como já foi observado, a questão é a pureza sexual, e não o estado civil. Além disso, a Bíblia recomenda casar-se novamente depois da viuvez (5.14; 1Co 7.39). Alguns acreditam que Paulo exclui aqui os homens divorciados da liderança na igreja. Isso novamente ignora o fato de que essa qualificação não está relacionada ao estado civil. A Bíblia também não proíbe todos os tipos de casamento depois do divórcio (veja notas em Mt 5.31-32; 19.9; 1Co7.15). Por fim, alguns acreditam que esse requisito exclui os homens solteiros da liderança na igreja. Contudo, se essa fosse a intenção de Paulo, ele mesmo estaria desqualificado (1 Co 7.8). O que é "marido de uma única mulher" dedica-se totalmente à esposa e mantém a devoção, o afeto e a pureza sexual tanto em pensamento como em ação. Violar essa qualificação é deixar de ser "irrepreensível" (Tf 1.6-7).
Fonte: Bíblia de Estudo John MacArthur Jr.
Nenhum comentário:
Postar um comentário