Então os judeus se admiravam, dizendo: "Como é que este homem aprendeu, sem nunca ter sido educado?" Então Jesus respondeu-lhes e disse: "Minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. (João 7:15-16)*
Ao ouvirem o ensino inigualável de Jesus, os judeus, ficaram admirados. Seu domínio da Escritura certamente os surpreendeu, como tinha anteriormente para aqueles que ouviram o Sermão da Montanha (Mateus 7:28-29), aqueles em sua cidade de Nazaré (13:54), e aqueles em Cafarnaum (Marcos 1 : 22). Sua pregação iria mesmo surpreender o polícia do templo enviado para prendê-Lo (vv. 45-46).
Era mais provável que as autoridades indignadas e hostil de judeus, que continuamente se sentiam ameaçados por Jesus, que liderou o ataque contra ele por questionar as suas credenciais. Eles exclamou: "Como é que este homem aprendeu, sem nunca ter sido educado?" (Mais tarde, seriam igualmente surpresos com a poderosa pregação do "inculto e destreinado" Pedro e João [Atos 4:13].) Seu ponto era não que Jesus demonstrou ignorância, mas que Ele não havia recebido nenhum treinamento formal nas escolas rabínicas prescritas. Em termos de hoje, Ele não foi para o seminário ou foi ordenado por qualquer órgão formal eclesiástica. Como não podiam refutar os ensinamentos de Jesus, questionaram suas credenciais, desafiando Sua autoridade para ensinar, porque Ele não tinha uma educação autorizada e o legítimo direito de ensinar. A implicação era de que suas palavras devem ser desconsideradas como uma mera opinião de um intruso auto-intitulado, que não tinha qualquer ligação fiel à fraternidade estabelecida e autorizada dos professores.
A resposta do Senhor foi direta e devastadora. Ele respondeu-lhes e disse: "Minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou." É verdade que seu conhecimento não foi obtido a partir de qualquer instituição humana e seu ensinamento fazia oposição aos professores do judaísmo. Mas isso não significa que isso era apenas sua opinião pessoal, como as autoridades pensavam, na verdade, veio diretamente de Deus, o Pai que o enviou. (Jesus estava sempre consciente de ter sido enviado pelo Pai, cf vv 28-29, 33;.. 3:17; 4:34, 5:24, 30, 36, 37; 6:38-39, 44, 57 ; 8:16, 18, 26, 29, 42; 9:4, 11:42; 12:44-45, 49; 13:20; 14:24, 15:21, 16:5; 17:8, 18 , 21, 23, 25, 20:21; Matt 10:40,. Marcos 9:37, Lucas 4:18;. 10:16) "Quando você levantar o Filho do Homem", Jesus declarou em João 8:28 , "então você saberá que eu sou, e nada faço por mim mesmo, mas falo destas coisas tal como o Pai me ensinou." E em 12:49-50 Ele acrescentou: "Porque eu não falo de mim iniciativa própria, mas o próprio Pai que me enviou, me deu um mandamento quanto ao que dizer e o que falar. Sei que o Seu mandamento é a vida eterna, por isso as coisas que eu falo, falo como o Pai me disse "(cf. 8:26, 38, 40; 14:10, 24; 17:8, 14). Esse ensinamento de Jesus veio direta e imediatamente de Deus e era também uma acusação aos líderes judaicos. Por discordar dele, eles revelaram que o seu ensino não era de Deus (8:47).
Uma vez que só Jesus tem perfeito conhecimento do Pai (Mateus 11:27;. Cf. Jo 10:15), só Ele poderia falar diretamente dEle. O ensinamento do Senhor, sendo diretamente de Deus, foi assim radicalmente diferente daquele dos rabinos, que geralmente tinham o ensino dos outros rabinos como fonte de autoridade. Mateus registra que no final do Sermão da Montanha ", as multidões ficaram admirados com seu ensinamento, porque Ele ensinava como quem tem autoridade, e não como os escribas" (Mt 7:28-29). Jesus também era diferente dos profetas do Antigo Testamento, embora, como ele, foram enviados de Deus e proclamou a Sua verdade. Mas enquanto eles disseram: "Assim diz o Senhor" (por exemplo, Is 7:7; Jr 2:2; Ez 2:4; Am 1:3; Ob 1:1;.. Mq 2:3; Na . 1:12; Ag 1:2; Zc 1:3; Ml 1:4), Jesus com autoridade declarou: "Eu digo a você" (por exemplo, Jo 5:24; 6:32, 53; 8: 51, 58; Mt 5:18, 20, 22, 28, 32, 34, 39, 44; 6:2, 5; 8:11, 10:15, 11:22, 24; 17:12; 19.: 9; 21:43; 23:36, Mc 10:15; 11:24, Lc 13:35, 18:17, 29-30).
*Tradução Livre by Mazinho Rodrigues
Fonte:John MacArthur Jr. - The MacArthur New Testament commentary: John 1-11.
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