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A Cura dos Dez Leprosos - Lc 17:11-19.

 (11-13) Esta é a terceira referência à viagem para Jerusalém (veja 9:51; 13:22 também notas em 2:22). Jesus poderia estar se movimentando ao longo da fronteira Galiléia-Samaria. Ele tinha antes pensado em entrar num povoado samaritano (9:52). Um mal comum tinha unido os judeus e samaritanos. Os leprosos tinham de cobrir o rosto, ficar de longe e gritar para os que se aproximavam: “Impuro!” a fim de evitar contaminá-los (veja Lv 13:45).

(14)Nesta história, como em 5:12-16, Jesus mostrou seu respeito pela lei (veja Lv 13:12; 14:2-32), apesar de que aqui ele não tocou os leprosos. Os samaritanos aparentemente seguiam os mesmos procedimentos de purificação dos judeus, desde que aceitavam uma forma modificada do Pentateuco, e apesar de que iriam a um sacerdote samaritano.

(15, 16)Os leprosos judeus podem ter ficado contentes ao ver o samaritano voltar, desde que a sua doença comum não mais os unia. Do mesmo modo como aconteceu com o bom samaritano (10:29-37), o comportamento de um estrangeiro envergonhou os judeus, que poderiam ter pensado, como povo escolhido de Deus, que a cura lhes era devida (cf. vs. 7-10).

(17-19)A surpresa de Jesus prendia-se à ingratidão dos nove. Eles eram um perfeito exemplo dos judeus que não apreciavam a missão de Jesus, enquanto o samaritano simbolizava a aceitação futura da missão cristã pelos gentios. Os comentários do Senhor mostram que a gratidão completa a fé. As bênçãos de Deus (os dez foram curados) deveriam produzir gratidão em qualquer contexto. É provável que os dez tivessem , mas Jesus elogiou apenas a fé que disse “obrigado” (cf. Lc 8:47; 18:42).

Fonte: O Evangelho Segundo Lucas - Anthony Lee Ash.

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