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JOÃO CALVINO E A INTERPRETAÇÃO BÍBLICA.


João Calvino desenvolveu alguns elementos-chave para uma interpretação adequada das escrituras:
Primeiro, como Lutero, ele insistiu em uma familiaridade com a carta aos romanos.
Em segundo lugar, ele apontou para uma estrutura teológica adequada, fornecida por seus próprios Institutos da Religião Cristã. Depois de muitos séculos de erro católico romano, os cristãos precisavam de uma nova estrutura teológica para poderem entender as Escrituras corretamente.
Um terceiro princípio fundamental para Calvino foi uma interpretação Cristológica. Como Lutero antes dele, ele ressaltou “que devemos ler as Escrituras com o objetivo expresso de encontrar Cristo nelas”.
Quarto, Calvino chamou a atenção ao significado das palavras e ao contexto no qual as passagens são encontradas. Consequentemente, encontramo-lo envolvido em estudos cuidadosos de palavras para ajudar a determinar a intenção do autor. Por contexto, Calvino tinha em mente conhecer os destinatários da passagem a ser interpretada, a circunstância em que ele escreveu, as palavras que cercam a passagem e o significado geral da passagem.
Um quinto princípio era o respeito pela analogia da fé. Calvino chamou a atenção para a responsabilidade de interpretar qualquer Escritura particular em conformidade com toda a verdade ou a totalidade das Escrituras. Ele também empregou a analogia da fé para encorajar a iluminação de passagens mais obscuras da Escritura através de passagens mais claras. Este princípio explica sua propensão para reunir um grande número de passagens no suporte a uma interpretação particular. Assim, Calvino argumentou comumente por sua interpretação porque era “sustentado por testemunhos firmes” e “suficientemente apontado por toda a Palavra de Deus”.

*Tradução livre by Mazinho Rodrigues.
Fonte: Historical Theology – Gregg Allison.

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