A palavra "arrebatamento" foi usada em vários contextos do Novo Testamento. O emprego variado da palavra lança luz sobre esse auspicioso evento por vir.
Não estaremos usando aqui o termo "arrebatamento" no mesmo sentido utilizado pelos dispensacionalistas. Os dispensacionalistas pregam um arrebatamento invisível e inaudível.24 Não subscrevemos a doutrina do arrebatamento secreto e distinto da segunda vinda visível. Não entendemos que o ensino dispensacionalista, que afirma que a segunda vinda de Cristo se dará em dois turnos, um secreto e outro visível, tenha amparo nas Escrituras. Cremos, sim, que a segunda vinda será única, visível, audível, e gloriosa.
Como essa palavra "arrebatamento" foi usada no Novo Testamento? Warren Wiersbe sugere quatro formas diferentes dessa palavra que lançam luz sobre o arrebatamento dos salvos.25
Em primeiro lugar, foi usada no sentido de arrebatar rapidamente (At 8.39). Filipe foi arrebatado rapidamente da presença do eunuco. Quando Cristo vier no ar, entre nuvens, os mortos em Cristo ressuscitarão com corpos gloriosos e nós os que estivermos vivos seremos transformados e arrebatados rapidamente como num piscar de olhos (1Co 15.52).
Em segundo lugar, foi usada no sentido de arrebatar pela força (Jo 6.15). A multidão estava com o intuito de arrebatar Jesus para fazê-lo rei. Cristo nos arrebatará e nos tomará da terra. Nada nos deterá aqui. Nada nos prenderá a este mundo. Não hesitaremos como a mulher de Ló. Seremos arrancados como por uma força magnética. Seremos atraídos a Jesus pelo seu poder para encontrá-lo nos ares.
Em terceiro lugar, foi usada no sentido de arrebatar para um novo lugar (2Co 12.3). Paulo foi arrebatado da terra para o céu. Jesus foi preparar-nos um lugar (Jo 14.3). Quando ele vier, ele vai nos levar para a casa do Pai. Nós somos peregrinos aqui neste mundo. Nossa casa permanente não é aqui. Nossa pátria não está aqui. A nossa pátria está no céu (Fp 3.20,21).
Em quarto lugar, foi usada no sentido de arrebatar do perigo (At 23.10). Paulo foi arrebatado da turba de judeus que queria matá-lo. O mundo está maduro para o juízo. O mundo sofrerá o ardor da ira de Deus no seu justo julgamento. Porém, nós não entraremos em juízo condenatório. Não estamos destinados para a ira, mas para vivermos em deliciosa comunhão com o Senhor por toda a eternidade.
24 HENDRIKSEN,William. A vida futura. P. 200.
25 WIERSBE, Warren W. Comentário bíblico expositivo, Vol. 6, p. 234,235.
Fonte: Hernandes Dias Lopes – A Segunda Vinda de Cristo.
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