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Patologias Geralmente Encontradas nos Movimentos Pentecostais.



1. Como a ênfase pentecostal é de uma espiritualidade interiorizada e subjetiva.
A teologia pentecostal favorece um reducionismo. À cosmovisão pentecostal é muito simplista. Culpa-se o diabo, a idolatria e a falta de compromisso com Deus e pronto.
2. O movimento pentecostal favorece o nascimento de Igrejas sem apostolicidade histórica.
Como geralmente os líderes pentecostais são homens de pouca escolaridade, muito da teologia clássica, dos credos e do combate às heresias de séculos é negligenciado. Algumas das inovações cúlticas e teológicas do pentecostalismo não mostra nenhum compromisso com herança cristã.
4. O pentecostalismo é muito vulnerável ao sincretismo.
Sem uma formação dogmática e sem muito labor teológico, o pentecostalismo fica aberto ao sincretismo.
5. O pentecostalismo agrava os processos de secularização da Igreja.
Absorvidos pela mentalidade ocidental competitiva que passou a identificar no sucesso um favor divino, os pentecostais buscam alcançar as massas com uma obsessão mercadológica. Impera no Brasil o sistema de “religious free enterprise”. As massas são evangelizadas a partir de uma didática consumista.
Buscam-se conversões: neste sentido, o evangélico brasileiro confirma sua vocação pragmática, pela qual se procura o útil sem se importar com a conceituação da verdade.
O proselitismo brasileiro desenvolve um “evangelismo de resultados”. Não enxerga a necessidade de elaborar uma apologia da verdade. Ao desprezarem os formadores de opinião, geram crescimento sem conquistar relevância.
O evangélico brasileiro, de origem fundamentalista, vem perdendo até mesmo sua herança ortodoxa de que se ufanava. O que era conservadorismo já degenerou em sincretismo.
Os resultados numéricos dos evangélicos brasileiros são ilusórios quanto sua inserção social. Mesmo alcançando os pobres e os esmagados existenciais, ele se ostracisa e em si mesmo, toma-se gerador de secularismo. Resultado: o crescimento transforma-se em faca de dois gumes. A medida que abocanha fatias maiores das estatísticas demográficas mais fundo cava o fosso que o separa da sociedade pluralista.
Cari Henry, expressão lúcida do evangelicalismo, afirmou: “Se enquanto evangelizarmos, abandonamos o saber para as filosofias seculares, confirmamos a atitude que condena o cristianismo como religião dos anti-intelectuais e nos esquivamos de denunciar a irracionalidade das propostas que tentam legitimar a incredulidade.
Escondemos a verdade que o teísmo evangélico envolve um compromisso intelectual obrigatório"
6. O pentecostalismo, como herdeiro de um movimento que busca a santidade, tende a ser exageradamente legalista.
A ênfase de uma santidade pessoal perfeita gera muitas vezes hipócritas.
7. O Pentecostalismo pode gerar uma ética seletiva.
Decorrente de seu legalismo, alguns pecados tendem a ser vistos com a maior seriedade e outros são relegados a menos importantes. Geralmente os pecados da moralidade pessoal e sexual são os mais duramente castigados, enquanto os pecados sociais são de menor importância.
8. O pentecostalismo tem muito culto à personalidade.
Como o poder pentecostal é apenas carismaticamente compreendido, ele firma-se nos dons individuais daí gerando uma verdadeira estratificação dentro do movimento. Os mais talentosos firmam-se com uma autoridade inquestionável e os demais lhe devotam todo o respeito.
9. O pentecostalismo favorece um triunfalismo, muitas vezes inconseqüente.
Frequentemente ouve-se nas Igrejas pentecostais o discurso que vamos mudar o Brasil, que breve São Paulo se ajoelhará aos pés de Jesus e que esse país nunca será o mesmo. Igrejas já se dividiram, porque criam ser eleitas de Deus para transformar o mundo, depois viram que transformar o mundo é uma tarefa um pouco mais complexa que gostariam de admitir.
10. O pentecostalismo favorece uma negação da graça e um evangelho muito na base do mercantilismo.
Ora-se para ganhar pontos com Deus, jejua-se para alcançar, contribui-se financeiramente para prosperar. Luta-se para preservar a salvação.

Fonte: Revista de Cultura Teológica – Ricardo Gondim.

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