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DANÇA E REPRESENTAÇÃO CÊNICA NO CULTO DO ANTIGO TESTAMENTO.


Dada a importância atribuída ao canto e a música no culto do Antigo Testamento, não é de estranhar que a dança pudesse ser usada em louvor a Deus. Alguns salmos parecem colocar dessa maneira (Salmos 26, 6), e outros expressamente convidam a dança (149, 3, 150.4). Em uma ocasião, o próprio Davi participou da dança comum, quando a arca da aliança foi transferida para a cidade de Jerusalém. David dançou com tanto entusiasmo que sua esposa o achou indecente e censurou-o pelo espetáculo que ele havia dado (2 Samuel 6, 1-22).
Também conhecemos o uso da representação cênica no culto. Há muitas referências de procissões nas quais os fiéis entravam e saíam do templo e percorriam a cidade de Jerusalém (Salmo 26, 6; 42, 4; 48, 12-14; 118, 19. 26-27). Às vezes, os textos apresentam Deus acompanhando os fiéis em sua marcha, talvez na figura da arca da aliança, levada na frente da procissão (Salmos 68, 24-27; 132, 7-9). Outras passagens sugerem que as façanhas de Deus no passado poderiam ser reproduzidas no curso da celebração litúrgica para transmitir suas lições às novas gerações (Salmo 46, 8-10; 48, 8; 66, 5).
Também na grande celebração anual da Páscoa, as representações cênicas desempenharam um papel importante. No momento mais solene da festa, os fiéis celebravam uma refeição de confraternização usando roupas leves de viagem, como os escravos haviam feito no Egito durante o êxodo (Êxodo 12, 21-28). Ações simbólicas também podem ser importantes em atos mais comuns de adoração (Salmos 26, 6). As representações cênicas sempre foi um meio eficaz para as pessoas expressarem suas mais profundas convicções, e quando os fiéis do antigo Israel evocavam a bondade de Deus para sua nação, eles o faziam com ações e com palavras.

*Tradução livre by Mazinho Rodrigues.
Fonte: Introducción al Antiguo Testamento - John Drane.

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