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A GRANDE TRIBULAÇÃO


A Tribulação será um período de sete anos que ocorrerá entre o arrebatamento da Igreja e o segundo advento de Jesus Cristo na terra. É o perío­do conclusivo da profecia das 70 semanas de Daniel (Dn 9.24-27). Os sete anos são dividi­dos em dois períodos iguais, o segundo cha­mado de Grande Tribulação (Mt 24.21). O caráter do período é claramente revelado nas Escrituras. É um tempo de “ira” (Sf 1.15-18; 1 Ts 1.10; 5.9; Ap 6.16,17; 11.18; 14.10,19; 15.1,7; 19.2); “indignação” (Is 26.20,21; 34.1-3); “tentação” (Ap 3.10); “angústia” (Jr 30.7; Sf 1.14,15; Dn 12.1); “destruição” (Jl 1.15; 1 Ts 5.3); “trevas” (Jl 2.2; Am 5.18; Sf 1.14-18); “desolação” (Dn 9.27; Sf 1.14,15); “trans­torno” (Is 24.1-4,19-21); “punição” (Is 24.20,21).
A tribulação tem dois propósitos principais: (1) Deus preparará um pequeno grupo de fiéis sobreviventes na nação de Israel a quem o Messias virá, aos quais todas as pro­messas serão cumpridas. O evangelho do reino, a boa nova de que o Rei está chegan­do, será pregada universalmente (Mt 24.14) e multidões aceitarão, pela fé, a salvação oferecida. Deus fará novamente por Israel o que Ele fez através de João Batista em sua primeira vinda (Mt 3.1-10; Lc 3.3-14; cf. Ml 4.5,6). (2) Deus derramará o julga­mento sobre os homens e as nações que não crêem (Ap 3.10; Jr 25.32,33; Is 24.1; 2 Ts 2.12). Esses julgamentos virão de duas ma­neiras: diretamente de Deus, e indiretamen­te através de homens e exércitos. A septuagésima semana da profecia de Daniel começa oficialmente quando a últi­ma cabeça do quarto império mundial (Roma) faz uma aliança com Israel, garantindo-lhe seus direitos na Palestina e a reto­mada dos sacrifícios (Dn 9.27). Esta aliança é quebrada após três anos e meio, e a Gran­de Tribulação sobrevém à terra.
Os eventos do período da Tribulação estão expostos em grandes detalhes nas Escritu­ras. As nações originárias do Império Roma­no serão novamente reunidas sob uma po­tência mundial (Dn 2 e 7; cf. Ap 17.12,16,17). A cabeça do império é conhecida como a pon­ta pequena (Dn 7.8), a abominação da deso­lação (Mt 24.15), o homem do pecado (2 Ts 2.3), o Anticristo (1 Jo 2.18) e a besta (Ap 13.1-10). Este soberano político fará uma aliança com Israel (Dn 9.27). O rei do norte, também conhecido como Gogue (Ez 38) se oporá a ele (Dn 11.40), mas será destruído pelo Senhor ao invadir a Palestina (Ez 39). Tendo sido removido este forte poderio, o Anticristo será capaz de controlar o governo mundial. Um grande sistema religioso - centrado na adoração a esta figura política - será promovido pelo falso profeta (Ap 13.11-18), e passará a ter um alcance mun­dial. Por ocasião da volta do Senhor Jesus Cristo, este sistema político-religioso será destruído (Ap 19.20).
Durante a Tribulação, Deus derramará seu juízo na terra através da abertura dos selos (Ap 6), do toque das trombetas (Ap 8-11), e do derramamento das taças (Ap 16). Atra­vés da pregação das 144.000 testemunhas seladas (Ap 7.1-8), o evangelho será procla­mado aos confins da terra, e multidões se voltarão ao Senhor (Ap 7.9,10).
 A Tribulação terminará por ocasião da se­gunda vinda do Senhor Jesus Cristo a terra (Mt 24.22,29,30; Ap 19.11-16; cf. Zc 14.1-7).
Fonte: J. Dwight Pentecost – Dicionário Bíblico Wycliffe

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