(1) O movimento
carismático tem comunicado o evangelho tão eficazmente que milhões de pessoas
nas Américas central e do sul têm se tornado cristãs. O entusiasmo dos
carismáticos bem pode ser uma acusação sobre a letargia da Igreja estabelecida.
(2) Um dos perigos das
teologias pentecostal e carismática é a prioridade funcional da experiência
sobre as Escrituras. O pastor carismático Chuck Smith tem declarado, "Uma
das maiores fraquezas do movimento carismático é a sua falta de um ensino
bíblico sadio. Parece haver uma preocupação indevida com a experiência, que é
colocada acima da Palavra. Como consequência, os carismáticos tornaram-se um
campo fértil para doutrinas estranhas e antibíblicas proliferadas através de suas
fileiras". As Escrituras não devem somente ter prioridade sobre a
experiência e sim as Escrituras devem ser a única base para a verdade.
(3) Os pentecostais
tendem a confundir os termos batismo do Espírito e enchimento do Espírito. Eles
sugerem que a mesma expressão grega (en pneumatic)
é usada para descrever os crentes sendo colocados no corpo de Cristo quando da
salvação (1Co. 12:13) e o ser capacitado para o servir, após a salvação (At.
1:5).
(4) Segundo o
carismático Larry Christenson, as línguas modernas não são conhecidas pelos
ouvintes e sim são "pronunciamentos suprarracionais", ainda assim
Atos 2:4,6,8,11 indicam que as línguas bíblicas eram idiomas conhecidos aos
ouvintes. Além disso, não há garantias bíblicas para se sugerir que as línguas
de Atos sejam diferentes das línguas de 1 Coríntios. Desde que Lucas escreveu
Atos e Paulo 1 Coríntios, e desde que estes homens eram companheiros de viagens,
é razoável assumir que eles tenham usado o termo línguas da mesma forma.
(5) As Escrituras
indicam que a revelação cessou (Jo. 1:18; Hb. 2:3-4; Jd. 3).
(6) A doutrina de cair
no Espírito carece de base Bíblica. A partir de um estudo exegético, as
passagens que os carismáticos e os pentecostais citam, não apoiam a doutrina.
(7) O mandamento para
"pedir a Jesus por um 'batismo no Espírito Santo não é encontrado nas
Escrituras. O Espírito Santo batiza todos os crentes no corpo de Cristo no
momento da salvação (1Co. 12:13)
(8) Os adeptos da
confissão positiva ignoram os princípios adequados da interpretação bíblica e
chegam a conclusões faltosas. Esta doutrina representa um abandono muito sério
do cristianismo histórico; suas raízes compartilham um fundamento em comum com
a Ciência Cristã. Sua doutrina de Cristo é seriamente falha ao ensinar que
Jesus assumiu a natureza de Satanás, que Jesus teve que ter nascido de novo e
que Jesus desceu ao inferno. D.R. McConnell, um carismático, rotula a confissão
positiva como "Um outro evangelho".
(9) Sugerir que o
"evangelho pleno" envolve cura, santidade e falar em línguas é uma
corrupção do evangelho. Paulo definiu o evangelho como a morte expiatória,
sepultamento e ressurreição de Cristo – esta foi à única mensagem que Paulo
proclamou (1Co. 15:1-4; cf. Jo. 3:16; Rm. 10:9-10; Ef. 2:8-9).
(10) O pentecostalismo
unicista, em sua negação da Triunidade, é historicamente o Sabelianismo ou
modalismo. A Triunidade é claramente ensinada nas Escrituras e é fundamental ao
Cristianismo. Desde os primórdios do Cristianismo, a crença na Triunidade foi
considerada essencial à fé. O pentecostalismo unicista representa um desvio
sério em relação à ortodoxia em sua posição de Deus. O pentecostalismo unicista
também obscurece a salvação pela graça ao ensinar que o batismo nas águas é
essencial para a salvação. O teólogo carismático Wayne Grudem diz, "Devido
à sua negação das três pessoas distintas em Deus, a denominação [Igreja
Pentecostal Unida] não deve ser considerada evangélica e deve-se duvidar se ela
deveria ser considerada genuinamente cristã”.
Fonte: Manual
de Teologia Moody - Paul Enns.
Nenhum comentário:
Postar um comentário