Esta
é a última verdade e a mais difícil que examinaremos. Vamos estipular os
parâmetros para começar. Há um só Deus. Em Deuteronômio 6:4 está escrito: “O
Senhor nosso Deus é o único Senhor”. O próprio Deus declara: “Eu sou o Senhor,
e não há outro” (Is 45:5). Paulo diz a mesma coisa: “Não há outro Deus, senão
um só” (1 Co 8:4). Há apenas um único Deus verdadeiro, não o deus desta ou
daquela religião. Ou você se relaciona com o único Deus verdadeiro, que é
transcendente, espírito, eterno, e imutável, ou não se relaciona com Deus
algum.
Um Deus em três pessoas.
Contudo,
este Deus único é composto de três Pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito
Santo. A palavra que utilizamos para expressar isso é Trindade. Essa palavra
não está na Bíblia, mas o ensinamento da “trialidade” de Deus aparece em toda a
Bíblia. Essa ideia é difícil de compreender; por isso muitas pessoas não levam
a Trindade a sério. Mas isso não deveria
ser um problema para se entender. Sabe por quê? Porque Deus é transcendente.
Ele não é como nós. Muitos mestres da Bíblia lutaram para explicar isso. Alguns
usam a água, que pode estar no estado liquido, sólido ou gasoso e ter os mesmos
componentes: duas partes de hidrogênio e uma parte de oxigênio. Outros tentam exemplificar
o conceito da Trindade com o ovo. Um ovo tem a casca, a clara e a gema, mas
tudo é ovo. Aprecio essas tentativas, mas nada disso realmente capta a essência
da Trindade. Voltemos ao ponto em que, como já se disse, se você tentar
explicar a Trindade, perderá o juízo. Mas, se negá-la, perderá a alma.
A Trindade na Criação.
Mas
ainda precisamos considerar esta importante doutrina, e a Bíblia nos dá uma
porção de informações. Em primeiro lugar, vemos a pluralidade de Deus na
criação. “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1:1. A palavra
hebraica para Deus aqui é Elohim, uma
palavra no plural. Já na primeira sentença da Bíblia, Deus nos informa que Ele
é plural mesmo no singular. Ele mostra isso na criação do homem, porque em
Gênesis 1:26, diz: “Façamos o homem a nossa
imagem” (grifo do autor). Mas então o versículo seguinte diz: “Assim Deus criou
o homem a sua imagem” (grifo do
autor). O texto se movimenta livremente do plural para o singular e vice-versa.
Por quê? Porque o Deus único é constituído de três pessoas.
A Trindade através das Escrituras.
Também
temos um vislumbre da Trindade em Isaías 48:16, quando o Cristo preencarnado
diz: “O Senhor Deus me enviou, juntamente com o seu Espírito”, associando Deus
Pai ao Filho e ao Espírito Santo. Por isso, na cruz, Jesus pergunta ao Pai:
“Por que me abandonaste?” Eles são duas pessoas diferentes. O Pai não é o
Filho, o Filho não é o Espírito. Mas o Pai é Deus; o Filho é Deus e o Espírito
é Deus. Todos os três são iguais em essência como parte da Divindade singular,
embora permaneçam distintos um do outro em sua personalidade. A pluralidade de
Deus também aparece nas descrições de Deus. O Pai é chamado de Deus (Gl 1:1;
Efésios 1:2-3). O Filho é chamado de Deus (Jo 20:28). O Espírito Santo é
chamado de Deus (At 5:3-4). Na verdade, em Hebreus 1:8, Deus Pai chama a Deus
Filho de “Deus”. A Bíblia diz que as três pessoas da Trindade operam na
salvação (1 Pe 1:1-2). Paulo nos diz, em 2 Coríntios 13:14, que um dos membros
da Trindade nos dá graça, outro nos ama e outro nos une em comunhão. Não são
ministérios mutuamente exclusivos, é claro. Os três membros da Trindade estão
operando juntos para nos santificar. A Bíblia atribui a criação a Deus (Gn 1:1)
a Jesus (Cl I:l6) e ao Espírito (Gn 1:2; Sl 104:30). A Trindade está ativa na
oração (Ef 2:18) e na bênção do crente (2 Ts 2:13). Assim, os três agem em
unidade; um Deus em três pessoas, igual em essência embora distinto em função.
A melhor ilustração da Trindade é a família; um homem e uma mulher que se unem,
e os filhos que têm a mesma essência da mãe e do pai. É o melhor exemplo que se
pode ter. Quando Deus nos criou a sua semelhança, a primeira coisa que fez foi
criar uma família.
Mas
nem isso pode explicar plenamente a Trindade. O que torna a cruz tão horrível é
que nela Jesus olhou para o alto e disse: “Meu Deus, meu Deus, por que me
abandonaste?” De alguma forma inexplicável, Deus Pai rompeu com Deus Filho.
Algum tipo de interrupção aconteceu na Trindade. Eu não sei como isso
aconteceu; mas de alguma forma extraordinária Deus se afastou de “Deus” sem
deixar de ser Deus. Então, como concluímos? Com 1 Timóteo 1;17, onde Paulo
escreve a este jovem pregador; “Ora, ao Rei eterno, imortal, invisível, ao
único Deus, seja honra e glória para todo o sempre. Amém”. Eu não sei o que
está acontecendo em sua vida; mas se você quer conhecer este Deus, Ele será uma
âncora para a sua alma. Isso não impedirá que os furacões e tornados da vida
desabem sobre você, e que as ondas se encapelem. Mas se tiver este Deus como
âncora, e não “a força”, nem algum deus anêmico que você invoque, ou um homem
corrompido, seu barco continuará flutuando.
Fonte: Deus
é Tremendo - Tony Evans.
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