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Pentecostais.



Seita, surgida nos Estados Unidos, das Igrejas batistas, metodistas e outras. Caracteriza-se pela crítica às Igrejas estabelecidas, que são acusadas de estarem ligadas demais aos compromissos mundanos. As Igrejas veem, por sua vez, neste movimento, um caráter herético, onde os líderes são escolhidos por suas qualidades e quase sem formação teológica. As práticas religiosas são de alto teor emocional. Ocorre a comunicação direta com o Espírito Santo, que gera um êxtase espiritual e leva o crente a falar línguas estranhas, o que aconteceu com os apóstolos no dia de Pentecostes. Por esta razão, são chamados pentecostais. O impacto causado nos fiéis é grande, pois qualquer um, independente da sua posição na hierarquia, pode fazer o que faziam os discípulos de Cristo: curar enfermos, profetizar e outras coisas. O clima das reuniões é, com vários relatos de testemunhos, de orações, coletivas em voz alta, e ritmado bater de palmas. No período do surgimento, as pregações teológicas e intelectuais já não atingiam a população simples, sedenta de uma vivência religiosa. Os sermões preparados passaram a ser considerados desnecessários. O acento passou a ser dado às experiências religiosas de profundo êxtase emocional, que levavam a uma renovação de fé. Dentro desse contexto, os pentecostais se definem como religião dos privilegiados, centralizada na experiência da conversão. A experiência religiosa consiste essencialmente no seguinte: reconhecer a condição de pecador e partir para a conversão que é coroada pela santificação completa. Mesmo assim, o crente deve sustentar uma continuidade na vivência religiosa, para não sucumbir às tentações de Satanás que o levariam novamente ao estado anterior à conversão (IWC). As mais importantes seitas pentecostais no Brasil são: Assembleia de Deus (dois e meio milhões de fiéis); O Brasil para Cristo (um milhão). Congregação Cristã do Brasil (900 mil) e Evangelho Quadrangular (500 mil). Existem no Brasil mais de 37 diferentes seitas pentecostais catalogadas.

Fonte: Dicionário Enciclopédico das Religiões - Hugo Schlesinger & Humberto Porto, Volume 2.

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