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A BÍBLIA E SUAS TRÊS PODEROSAS QUALIDADES.



A palavra bíblia significa livros. Embora seja um volume, contém 66 livros. Entretanto todos se combinam como se fossem um só. É universal e está traduzida em mais de mil línguas e dialetos. Suas três qualidades poderosas, além de outras, se intitulam: suficiência, evidência e autoridade.

1) -— Suficiência — Nela encontramos a verdade em todos os seus propósitos religiosos. Jesus aconselhava o povo a examiná-la (João 5:39). Certa vez, narrando a parábola do rico e Lázaro, o Mestre fala da suficiência das escrituras (Luc. 16:29-31). E o salmista já dava seu testemunho experiente (Sal. 19:7,8), palavras que desfazem quaisquer dúvidas. Quantas igrejas neste nosso Brasil foram organizadas, cujos crentes se converteram pela leitura da Bíblia! Nela encontramos toda a verdade exigida para a vida religiosa.

2) — Evidência — Tanto na ciência como na filosofia há  maiores ou menores graus de evidência ou clareza, sujeitas à modificação. A Ciência funda-se permanentemente na verdade, embora a verdade da ciência não seja absolutamente a verdade religiosa, salvo no sentido geral, em que toda a verdade é de Deus. Por isso, tanto uma como outra falham em religião. A Bíblia não (Rom. 1:19-21). Sendo evidente ou clara, ainda nos ensina que toda a revelação é nossa (Deu. 29:29); e aquilo que ficou por revelar-se pertence ao Senhor e não nos deve impressionar. Lembremo-nos que somos finitos e Deus é infinito. Conforme a experiência do apóstolo Paulo (Col. 3:16), a Palavra habita em nós, nos admoesta e ensina. Haverá tantas filosofias quantas forem as diferentes maneiras de escolher dos homens. E nenhum filósofo pode obrigar outros a aceitarem suas ideias. Com os ensinos da Bíblia, a clareza ou evidência leva os povos a um só pensar. A lei de Moisés e os profetas se completam (Atos 28:23). Através da sua leitura achamos Deus, e, seguindo as suas direções, podemos encontrá-lo agora mesmo. Ele se manifesta em nossa vida e, por experiência, sabemos que a Bíblia nos fala com evidência a seu respeito. Por seu intermédio muitos têm sido salvos.

3) —- Autoridade — Nenhum outro livro no mundo possui a autoridade da Bíblia. Autoridade que palpita em cada verso e não é devida a nenhum agente externo. Nenhum tribunal fê-la autoritária por decreto, nem concilio, por decisão sua. Nenhum papa emprestou-lhe autoridade. No segundo, terceiro e quarto séculos, os primeiros concílios eclesiásticos ou religiosos, reconheceram simplesmente a autoridade já existente no Livro, aquela mesma com que fora escrita primitivamente (Heb. 1:1,2). Deus zela pela sua palavra, escrita para o nosso ensino. (Rom. 15:4). E o Mestre repreendeu a ignorância dos saduceus (Mat. 22:29), casta rica, bem-educada e de boa posição social, com elementos da alta aristocracia sacerdotal. João, o apóstolo do amor, conhecendo Jesus e com ele vivendo três abençoados anos, tira qualquer dúvida quando diz: “ Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu filho testificou. Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez; porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu”. (1 João 5:9,10). Era necessário que esta dinâmica e poderosa literatura possuísse uma vital e orgânica unidade, desde que tudo foi criado pelo infinito poder de Deus.

Fonte: Crenças Batistas - Edgar Young Mullins.

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