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AS INSTITUIÇÕES DO JUDAÍSMO: O SINÉDRIO.



Este era constituído por um grupo de setenta e um anciãos judeus e presidido pelo sumo sacerdote (perfazendo ao todo um total de setenta e dois). A corporação cumulava para si tanto o poder legislativo como o judiciário. Ao ser a Palestina unificada como uma só província, o Sinédrio tinha jurisdição sobre toda a região, mas no tempo de Jesus controlava apenas a Judéia. Não obstante isso, seus pareceres foram sempre acatados em todos os tempos pelos judeus de toda a Palestina, incluindo até mesmo os da Dispersão. De fato, o governo romano parece ter-lhe reconhecido a jurisdição em matéria de religião durante todo o tempo em que existiu o judaísmo. No judaísmo palestiniano, sua autoridade era religiosa e civil, ao passo que no judaísmo helênico era apenas religiosa. Daí poder Paulo ir a Damasco, autorizado pelo Sinédrio, com a missão de prender os cristãos judeus acusados de heresia. As funções civis do Sinédrio eram principalmente judiciárias.  Dentro da sua jurisdição, o Sinédrio tinha poderes para resolver qualquer caso civil, assim como os casos criminais que não implicassem na pena capital. A única exceção em matéria de casos capitais consistia em poderem sentenciar à morte qualquer pessoa que profanasse o Templo.

O nome da corporação deriva do grego (sunedrion) e significa “ sentados juntos”. É citado primeiramente em conexão com os acontecimentos ocorridos por volta de 55 a.C. Suas prerrogativas, tais como as vemos desempenhadas durante o período neotestamentário, foram recebidas do governo romano pouco depois de 63 a.C. Seu período de maior influência vai do estabelecimento do domínio romano até a destruição de Jerusalém, ocorrida em 70 d.C. Não parece, entretanto, ter ele recebido permissão para uma liberdade mais ampla de operações durante o reinado de Herodes. Após a destruição de Jerusalém, o Sinédrio foi abolido. Desse modo, a história do Sinédrio durou pouco mais de cem anos. Entretanto, durante este breve período, exerceu poderosa influência sobre os negócios judaicos.

Fonte: O Mundo do Novo Testamento - H. E. Dana.

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