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PENTECOSTALISMO - RAÍZES, CRESCIMENTO, TEOLOGIA.



O nome escolhido pelas igrejas que enfatizam uma experiência de pós-conversão que eles descrevem como "o batismo no Espírito", evidenciado pela recepção dos charismata (carismas), ou dons sobrenaturais do Espírito Santo, especialmente glossalalia, falar em línguas.

RAÍZES PENTECOSTAIS

O Pentecostalismo afirma que os movimentos de santidade e vida superior que começaram a florescer no século XIX são suas verdadeiras raízes. Estes movimentos enfatizavam uma "segunda bênção" pós-conversão e um batismo no Espírito para transmitir poder para o serviço. Esta afirmação parece ter um elemento de verdade, uma vez que o pentecostalismo floresceu entre os membros de grupos de santidade, especialmente nos Estados Unidos. Entretanto, muitos que acreditavam firmemente no batismo no Espírito para transmitir poder para o serviço, por exemplo R.A. Torrey e a maioria dos partidários do movimento Keswick, rejeitaram a visão pentecostal de uma restauração dos dons sobrenaturais do período apostólico para a Igreja moderna. Eles particularmente rejeitaram a insistência pentecostal em falar em línguas como a evidência inicial do batismo no Espírito.

O INÍCIO DO PENTECOSTALISMO

Nos Estados Unidos. O pentecostalismo começou em 1º de janeiro de 1901, quando Agnes Ozman falou em línguas na Bethel Bible School, Topeka, Kansas. A escola era dirigida por Charles F. Parham que lançou a visão, agora amplamente aceita entre os pentecostais, de que falar em línguas era a evidência inicial do batismo no Espírito. A evidência adicional, ele afirmava, era a restauração dos dons sobrenaturais do novo testamento à igreja, particularmente o dom da cura sobrenatural. De fato, essa afirmação foi desenvolvida para ensinar uma outra posição pentecostal amplamente mantida, a saber, que "a cura está na expiação". Para Parham e aqueles que o seguiram, não apenas sustentam que a expiação de Cristo adquiriu  a glorificação eterna para o corpo do crente - o que Paulo chama de "redenção do nosso corpo" (Romanos 8:23), que aguarda a segunda vinda de Cristo - Mas que ele adquiriu também para cada um a libertação cristã de todas as doenças corporais. Em 1906-1909 "o renascimento da rua Azusa" deu ao pentecostalismo uma proeminência mundial. A Missão Azusa Street em Los Angeles era um lugar pouco promissor para um impulso tão grande. No entanto, sob o ministério de um pregador negro do Texas, William J. Seymour, ela se tornou o cenário de um evento pentecostal prolongado que atraiu pessoas de todo o país e do mundo e enviou-os de volta com um zelo ardente para ver o novo movimento estabelecido em suas próprias localidades.
Na Europa. Na Europa, o pentecostalismo começou com o ministério de Thomas Ball Barratt, um inglês naturalizado norueguês. Barratt visitou a América e recebeu a experiência pentecostal em Nova York. Ele retornou à Noruega onde organizou reuniões pentecostais. Entre seus visitantes estava um clérigo anglicano de Sunderland, Inglaterra, J. A. Boddy, que trouxe Barratt para a Inglaterra para reuniões especiais que introduziu o pentecostalismo na Grã-Bretanha. Barratt teve uma influência similar na Alemanha, Suíça, Dinamarca e Finlândia, onde suas visitas levaram ao estabelecimento de igrejas pentecostais.

CRESCIMENTO DO PENTECOSTALISMO

Antes de 1945. Embora o crescimento do pentecostalismo fosse comparativamente lento antes da Segunda Guerra Mundial, as principais denominações pentecostais foram formadas durante esse período. Na América, a Igreja Pentecostal de Santidade, a Igreja de Deus (Cleveland, Tennessee), a Igreja de Deus em Cristo, as Assembleias de Deus e a Igreja Pentecostal de Deus surgiram antes de 1920. Na Grã-Bretanha, a Igreja da Fé Apostólica Foi formado por William Oliver Hutchinson. As assembleias galesas deste grupo retiraram-se em 1916 para formar a Igreja Apostólica. Em 1915, George Jeffreys visitou a Irlanda do Norte, onde formou a Elim Evangelistic Band, que mais tarde se tornou a Igreja Elim Pentecostal. Em 1924, cerca de setenta igrejas independentes pentecostais se uniram para formar as Assembleias de Deus da Grã-Bretanha e da Irlanda. Mais tarde (1940) Jeffreys deixou o movimento de Elim para formar o Bible-Pattern Church Fellowship.
Depois da Segunda Guerra Mundial. Após a Segunda Guerra Mundial, o Pentecostalismo experimentou um crescimento mundial, particularmente através dos esforços dos evangelistas e curandeiros da fé americanos, como Oral Roberts e T. L. Osborne. Outra das principais causas da propagação do movimento foi o surgimento da Full Gospel Business Men’s Fellowship International (ADHONEP no Brasil), que introduziu o pentecostalismo a muitas das principais igrejas e deu-lhe a respeitabilidade necessária. Na América, os pentecostais ganharam aceitação no Evangelicalismo convencional, tornando-se membros fundadores da Associação Nacional de Evangélicos, embora fossem (e são) fortemente resistidos pelas igrejas fundamentalistas.
Na América Latina e na África, o pentecostalismo teve grande sucesso. De fato, em 1990, de acordo com o Dictionary of Pentecostal and Charismatic Movements, havia 193, 678, 230 pentecostais em todo o mundo, fazendo do Pentecostalismo o maior agrupamento protestante do mundo. Se os membros da igreja carismática são incluídos, este número sobe para 372, 651, 280. No entanto, este número é muito inflado pela inclusão de mais de 45 milhões de católicos romanos e mais de 187 milhões de membros de igrejas denominacionais, que o Dictionary of Pentecostal and Charismatic Movements afirma como crentes pentecostais.

TEOLOGIA PENTECOSTAL

Historicamente, o pentecostalismo era principalmente um movimento de santidade que aceitou as verdades fundamentais da fé protestante, embora fosse principalmente arminiana em sua soteriologia. Ele sofreu uma grande divisão sobre a doutrina da Trindade quando muito cedo em sua existência (1916) as Assembleias de Deus tiveram que enfrentar a retirada de um número que tinha adotado o Sabelianismo. Estes se tornaram uma denominação "unicista", "somente Jesus" um povo que atribuiu a Jesus a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

PENTECOSTALISMO E NEOPENTECOSTALISMO

Desde 1970, o Pentecostalismo tornou-se conhecido como Pentecostalismo Clássico para distingue-se do neoPentecostalismo (a experiência e prática de distintivos pentecostais por pessoas que permanecem membros das principais denominações protestantes) e do Pentecostalismo Carismático Católico Romano. O surgimento desses grupos tem representado um grande problema para muitas igrejas pentecostais clássicas que tradicionalmente se veem como protestantes e são avessos ao desejo ecumênico de união com Roma. Na maioria dos casos, a postura anti-ecumênica das igrejas pentecostais enfraqueceu à luz da ênfase do Movimento Carismático nas mesmas experiências que os pentecostais afirmam ser a prova do batismo no Espírito. O inclusivismo carismático tem varrido gerações de separatismo pentecostal.

*Tradução livre by Mazinho Rodrigues.

Fonte: Dictionary of Theological Terms - Alan Cairns.

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