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A Definição de Trindade e aqueles que à Negam.



Uma das coisas mais difíceis e ainda mais importantes de entender sobre Deus é que Ele é triuno. Deus é citado nas Escrituras como sendo três Pessoas distintas, mas, ao mesmo tempo, aprendemos que Ele é um Deus único. Ensinar sobre um único Deus em três Pessoas tem confundido muitos cristãos por séculos, à medida que buscam entender a completa instrução das Pessoas de Deus na Escritura. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são diferentes um do outro, ainda que tudo o que é verdadeiro sobre Deus seja verdadeiro sobre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Ignorar esta simples doutrina pode conduzir ao erro. Quando compreendida, a doutrina da Trindade forma uma base para todas as doutrinas que cremos. A doutrina da Trindade estabelece que Deus existe em unidade e em três Pessoas eternas. Os membros da Trindade são iguais em natureza e diferentes em Pessoa. O Pai gerou eternamente o Filho. “O Senhor me disse: Tu {és} meu Filho; eu hoje te gerei” (Sl. 2:7). O Filho é submisso à obra do Pai, ainda que de igual natureza que o Pai. Jesus orou ao Pai, dizendo: “Tendo consumado a obra que me deste a fazer” (Jo. 17:4). Então, o Pai e o Filho enviaram o Espírito Santo: “O Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar” (Jo. 15:26). Portanto, o Pai é o cabeça ou origem da divindade, o Filho é o revelador da divindade, e o Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, é o agente que geralmente realiza a obra da divindade. Em algumas referências bíblicas, uma Pessoa da Trindade parece realizar todo o processo (Is. 6:3-9; Jo. 12:37-41; Atos 28:25, 26).

A identificação mais antiga existente a respeito da Trindade é o Credo de Atanásio, escrito aproximadamente em 250 d.C. “Adoramos um único Deus, em Trindade, e Trindade é unidade, nem confundindo as pessoas, nem dividindo a substância.” Há aproximadamente cem anos, Robert Dick colocou a mesma verdade desta maneira: “Enquanto há apenas uma natureza divina de Deus, há três pessoas chamadas Pai, Filho e Espírito Santo que possuem, não semelhantes, mas a mesma essência numérica, e a distinção entre eles não é meramente nominal, mas real.” A palavra “trindade” não é encontrada nas Escrituras, mas a ideia e a doutrina da Trindade é derivada da base bíblica. Muitos grupos se envolveram em erros doutrinários por negarem a existência da Trindade ou por explicarem a Trindade erroneamente. Entender o que é a Trindade depende de saber o que ela não é.

A Trindade não é equivalente a três Deuses. A doutrina da Trindade não sustenta a existência de três Deuses distintos, uma ideia que é chamada de “triteísmo”. Os testemunhas de Jeová e os Judeus com frequência falam para cristãos firmes sobre a crença em três Deuses, um argumento baseado no entendimento errôneo do significado do termo “trindade”. Os cristãos são monoteístas, o que significa que eles creem em um só Deus. “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Dt. 6:4). Quando reconhecemos que o Pai, o Filho e o Espírito Santo constituem cada parte do Deus Triuno, ainda exigimos a unidade de Deus.

A Trindade não significa três manifestações de Deus. Um dos primeiros grupos ateístas na igreja primitiva ensinou o que conhecemos por Sabelianismo ou Modalismo. Eles afirmavam que a Trindade era três manifestações distintas do mesmo Deus, como a água pode ser vista como sólida, líquida e gasosa. Eles explicam “Pessoa” para significar uma representação de Deus, assim como um homem pode ser pai, filho e irmão ao mesmo tempo. Segundo o Modalismo, havia apenas um Deus que Se revelou como Pai e Criador no Antigo Testamento. E essa mesma pessoa também se revelou como Redentor. Manifestado dessa maneira, Ele é chamado de Jesus. O Espírito Santo é a terceira manifestação do mesmo Deus que se relaciona a pessoas hoje. Sabélio estava errado em dizer: “O único Deus imutável é refletido diferentemente no mundo por causa das diferentes receptividades do mundo.” O erro básico do Modalismo é que ele nega a eternidade e distinção das três Pessoas da Trindade. Como veremos mais tarde, o Pai, o Filho e o Espírito Santo estavam todos envolvidos na obra da criação. Todos os três existiram e agiram juntos antes do princípio dos tempos. Todos os três existem em Trindade na Divindade

A doutrina da Trindade não ensina que o Pai criou o Filho ou o Espírito Santo. Uma das maiores controvérsias doutrinárias da igreja primitiva foi o Arianismo. Ario ensinou que somente o Pai era eternamente Deus desde o início. Ele ensinou que Deus criou tanto o Filho como o Espírito Santo do nada e antes de tudo. Por serem criados, Eles não podem ser considerados divinos ou possuidores dos atributos da Divindade. Certamente, a Bíblia não ensina a criação do Filho ou do Espírito Santo, mas reconhece a obra de ambos na criação de todas as coisas (cf. Jo. 1:3; Gn. 1:2). Historicamente, os cristãos têm reconhecido o erro do Arianismo e ensinado as doutrinas bíblicas da divindade de Cristo e do Espírito Santo. Mesmo nos dias de hoje, contudo, existem aqueles, assim como as Testemunhas de Jeová, que distorcem as Escrituras para negarem a Trindade.

A doutrina da Trindade não ensina que Cristo ou o Espírito Santo é um poder ou atributo de Deus. A quarta visão errada da Trindade, conhecida por Monarquianismo, ensina que Jesus foi meramente um homem energizado por Deus no batismo, mas teve a Sua divindade essencial sacrificada na Sua morte. Este erro entende de forma errada a verdade de que Jesus é Deus. A Bíblia ensina: “O Verbo [Jesus] era Deus” (Jo. 1:1). Depois, no mesmo contexto, lemos: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigénito do Pai” (Jo. 1:14). João descreveu a volta
de Cristo quando viu “o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se... a Palavra de Deus” (Ap. 19:11,13).

Fonte: Série Concisa - Doutrinas Bíblicas - Elmer L. Towns.

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