O que estava oculto no Antigo Testamento
está claramente revelado no Novo. A doutrina da Trindade que estava implícita
no Antigo Testamento é claramente ensinada no Novo Testamento.
A Trindade revelada no batismo de Jesus. A ilustração mais vívida da Trindade é
encontrada no início do ministério de Jesus na Terra. Ele foi batizado por João
Batista no Rio Jordão (Mt. 3:16, 17). Quando o Deus Filho foi erguido das
águas, Ele viu Deus, o Espírito Santo, “descendo como uma pomba”. A Bíblia também
registra a voz de Deus Pai quebrando o silêncio do céu e atestando que Se
deleita em Seu Filho.
Jesus ensinou a Trindade (João 14:16,17). Jesus cria e ensinava aos Seus discípulos a
doutrina da Trindade. Enquanto tentava prepará-los para a vida de serviço que
teriam após a Sua ressurreição, Ele disse a Seus discípulos que havia pedido ao
Pai para enviar o Consolador, que é Deus, o Espírito Santo. Neste ponto em Seu
ministério, os discípulos estavam cientes de que Jesus era Deus, o Filho. Em
Seu ensinamento referente à vinda do Espírito Santo, Ele ensinou de tal maneira
que afirma que os discípulos entenderam a doutrina da Trindade. Mais tarde na
mesma noite, Jesus fez a mesma referência à Trindade para o mesmo grupo. “Mas,
quando vier o Consolador (Deus, o Espírito Santo), que eu [Deus, o Filho] da
parte do Pai [Deus]vos hei de enviar...” (Jo. 15:26). Bastava Jesus dizer algo
apenas uma vez para que isso fosse verdade, mas a repetição deste ensinamento
neste contexto sugere que não apenas o ensinamento era verdadeiro, mas também
os aprendizes (discípulos) eram capazes de se identificarem com esta verdade.
Eles estavam suficientemente familiarizados com a doutrina da Trindade para
serem capazes de aprender a nova verdade fundamentada na antiga verdade.
A igreja do Novo Testamento reconheceu a
Trindade (2 Co. 13:14). A
doutrina da Trindade foi ensinada na igreja primitiva. Duas práticas da igreja
revelaram que os primeiros cristãos eram trinitarianos. A primeira prática é
vista nas bênçãos e orações. Os cristãos sempre abençoaram uns aos outros no nome
do Senhor. Mesmo hoje alguns cristãos falam: “Deus te abençoe” ao se retirarem.
Quando o apóstolo Paulo pronunciou a sua bênção final sobre a igreja de
Corinto, ele fez isso em nome das três Pessoas da Trindade. “A graça do Senhor
Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos
vós. Amém” (2 Co. 13:14). A segunda prática na igreja do Novo Testamento que
reconheceu a Trindade foi o batismo. Jesus instruiu os Seus discípulos a batizarem
os convertidos “em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” (Mt. 28:19).
Quando
uma pessoa era batizada, o Pai, o Filho e
o Espírito Santo eram, cada um, identificados no ato. Apesar de serem três
identificados, o convertido era batizado em “nome” singular, refletindo a
unidade da Divindade. Alguns entenderam este propósito de forma errada e
argumentam que a fórmula do batismo “em nome de Jesus” (At. 2:38) é diferente
da fórmula de Mateus 28:19. Na verdade, esta frase é geralmente utilizada no
livro de Atos para distinguir o batismo cristão do batismo de João Batista.
Especificamente, isto chama atenção para a divindade de Cristo, a quem eles
crucificaram. O batismo cristão sempre foi “em nome do Pai, e do Filho e do
Espírito Santo” (Mt. 28:19) em obediência aos mandamentos de Cristo, portanto,
em “nome de Cristo”.
A obra distinta de cada Pessoa da Trindade
aponta para a Trindade. Muito
da obra de Deus é atribuído a cada membro da divindade. Hebreus 9:14 ilustra os
esforços cooperativos de cada membro da Trindade na expiação: Deus, o Filho,
ofereceu o Seu sangue através de Deus, o Espírito Santo, a Deus, o Pai, para a
nossa salvação. Desta maneira, um entendimento da Trindade é fundamental para o
entendimento da expiação. O autor aos Hebreus considerou isso importante ao
relembrar aos cristãos hebreus em Jerusalém o que Deus fez por eles.
Fonte: Série Concisa - Doutrinas Bíblicas - Elmer
L. Towns
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