Neste momento, nem Pedro nem João tinham visto o Senhor ressuscitado. Ele
foi visto pelas mulheres primeiro, aquelas que tinham sido as últimas na cruz e
estavam agora primeiro no túmulo. Jesus os encontrou a caminho de casa depois
que eles foram ao sepulcro, viram os anjos e ouviram falar da ressurreição de
Jesus. A mensagem do anjo contém quatro imperativos que são tão importantes
hoje quanto naquele primeiro dia de Páscoa para aquelas mulheres (Mateus 28:
6-7).
1. Venha.
O primeiro dos imperativos do anjo foi "venham". Esta foi uma
afirmação importante porque muita coisa poderia ter impedido as mulheres de
virem. O lugar em si poderia tê-las
impedido. Elas estavam em um cemitério no início da manhã. Elas poderiam
ter dito uma a outra: "Vamos voltar; não é seguro aqui. Vamos voltar
quando estiver mais claro e houver mais pessoas por perto. O medo de Roma poderia tê-las impedido. A pedra tinha sido selada,
mas o selo foi quebrado e a pedra removida. Roma havia sido desafiada. Elas
poderiam estar envolvidas no crime. Elas poderiam ter dito: "Não podemos
nos aproximar. Roma proíbe isso." O pecado
delas poderia tê-las impedido. Algo misterioso, sagrado havia ocorrido
aqui. Elas podem ter raciocinado: "Este é um solo sagrado. Não podemos nos
aproximar." Nada disso as impediu, é claro. O convite para vir era de
Deus, e elas reconheceram a voz de Deus no convite e a obedeceram.
Através
da pregação do evangelho, o Senhor convida você a vir até ele. Ele está falando
com você quando ele diz: "Venha a mim, todos vocês que estão cansados e
sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Toma o meu jugo e aprende de mim,
porque sou manso e humilde de coração e achareis descanso para as vossas almas
"(Mateus 11: 28-29). Você vem? Você já obedeceu esse convite? Não pode
haver conhecimento de Deus, nenhuma salvação, nenhum crescimento na vida cristã
até que você o faça.
2. Veja.
O segundo imperativo foi "veja". O anjo disse: "Venha e veja o
lugar onde ele estava" (v. 6). O que devemos ver quando olhamos para o
túmulo? Anos atrás, Charles H. Spurgeon pregou uma mensagem sobre esse
versículo em que sugeriu cinco coisas.
Primeiro,
devemos ver na sepultura de Cristo a condescendência de Jesus Cristo. Jesus não
era um homem para quem a morte seria natural. Jesus é Deus. Ele esteve com o
Pai desde toda a eternidade e estará com ele para sempre. Nós nunca esperaríamos
que Jesus morresse. Mas Jesus de fato morreu por nós. Devemos nos maravilhar
com a condescendência de um Deus tão incrível, que ele deveria ser colocado em
um túmulo para nos salvar.
Em segundo lugar,
devemos ver o horror do nosso pecado, pois foi o nosso pecado que o colocou lá.
A morte é o salário do pecado. Mas Jesus não pecou; Ele era sem pecado. Por que
então Jesus morreu? A resposta é clara: "Ele foi ferido pelas nossas
transgressões, ele foi esmagado pelas nossas iniquidades; a punição que nos
trouxe a paz estava sobre ele, e por suas feridas fomos curados "(Isaias
53: 5). Quando olhamos para o túmulo, começamos a ver o horror do nosso pecado
e desenvolvemos um ódio adequado por ele.
Terceiro,
devemos olhar para o túmulo para nos lembrar que também morreremos. A menos que
o Senhor retorne antes desse momento, nós também morreremos e seremos separados
daqueles que conhecemos e amamos. O túmulo fala da nossa mortalidade e adverte
que há uma vida além desta vida para a qual devemos nos preparar.
Quarto,
e mais importante, devemos olhar para o túmulo para ver que Jesus não está
nele. Ele ressuscitou como ele disse. Ele venceu a morte. O túmulo vazio é uma
grande evidência da ressurreição. A maioria das pessoas que escreveram
seriamente sobre os eventos desta semana memorável observaram, honestamente,
que em todos os relatos que temos, seja no Novo Testamento ou em fontes
seculares da época, não há uma só tentativa de negar que a sepultura estava
vazia. Existem explicações alternativas. Um deles está nos versos que seguem
estes em Mateus: Os discípulos roubaram o corpo. Mas nenhum escritor negou que
o túmulo estivesse vazio. O que pode explicar isso? Não foi roubado pelos
inimigos de Cristo: se eles tivessem roubado o corpo, eles o teriam revelado
quando a ressurreição fosse proclamada pelos seguidores de Jesus. Nem pelos
discípulos: Se eles tivessem roubado o corpo, eles não estariam dispostos a
morrer, como muitos deles morreram depois, pois o que eles sabiam era uma
invenção. A única explicação adequada do túmulo vazio é que Jesus havia
ressuscitado dos mortos como a Bíblia ensina.
A quinta razão
pela qual devemos olhar para a tumba é aprender que também nós ressuscitaremos,
como Jesus fez, se nos unirmos a ele. Jesus não veio à Terra só ensinar, morrer
e ressuscitar, de modo que no final ele pudesse perder aqueles por quem ele
morreu. Ele veio para salvar os seus "completamente" (Hebreus 7:25),
para levá-los ao céu para estar com ele. Quando olhamos para o túmulo, temos a
certeza de que um dia estaremos com ele e seremos como ele é (1 João 3: 2).
3. Vá.
Este foi o terceiro dos imperativos do anjo. É um forte lembrete de que por
mais tentador que seja permanecer perto da tumba para aprender suas lições, há,
no entanto, trabalho a ser feito e devemos prosseguir com isso. É assim que o
evangelho termina, pois, as últimas palavras de Jesus aos seus discípulos,
relatados apenas três parágrafos depois disso, são: "Vá e faça discípulos
de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,
e ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei (vv 19-20). Esta é a
maior obra de qualquer pessoa, e é para todos os cristãos.
4. Fale.
O último dos imperativos do anjo era "fale". O último veio
corretamente, pois, se chegamos ao sepulcro, virmos que está vazio, sabemos que
Jesus ressuscitou e depois obedecemos a Jesus indo ao mundo, claramente devemos
falar do que sabemos. Devemos dizer às pessoas: "Ele não está aqui; ele
ressuscitou, assim como ele disse: "Esta é uma notícia boa e surpreendente.
Mas boas notícias devem ser contadas. Se não lhe dissermos, nossas ações só
podem ser o resultado de incredulidade ou que não entendemos o grande, poderoso
e espantoso evangelho que é.
*Tradução livre by Mazinho
Rodrigues.
Fonte:
The Gospel of Matthew 18-28 - James Montgomery Boice.
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